A imprensa tem anunciado que o presidente do Banco do Brasil renunciou ao cargo. Não é verdade. Rubem de Freitas Novaes nunca lá esteve de fato. Frequentava mais as páginas de “fake News” do que o gabinete presidencial no Banco.

Sua passagem no comando de uma das mais tradicionais instituições brasileiras era um peso para seu frágil espírito. Não tinha nenhuma identidade com o BB, não tinha nenhuma empatia com o funcionalismo e demonstrava que pouco ou nada conhece da história do Banco do Brasil. Esse mesmo BB que sobreviveu a todos os regimes, desde da Monarquia, aos anos de ditadura, a governos neoliberais, populistas ou democráticos, às vezes atacado, às vezes defendido, mas sempre à frente das principais transformações econômicas do país.

O BB foi a primeira instituição bancária a operar no país. Em mais de 200 anos de existência, acumula experiências, é inovador, participa decididamente da vida da Nação, coleciona inovações e sua marca se confunde com a própria história do Brasil. Pesquisas indicam que sua marca é uma das mais conhecidas e valorizadas pelo povo brasileiro, que reconhece no BB, atributos como solidez, confiança, credibilidade, segurança e modernidade. Por meio de atuação bastante competitiva nos mercados em que atua, o Banco do Brasil é uma companhia lucrativa alinhada a valores sociais.

É inegável a vocação do BB para políticas públicas com foco no desenvolvimento sustentável do país e no interesse comunitário, sendo um importante instrumento de governo (qualquer governo) para a solidez do sistema bancário brasileiro.

Rubem Novaes não sabe nada disso. Assumiu a presidência só de araque! A contragosto, meio como aquele que recebe uma sentença prisional.

Por diversas vezes entidades ligadas ao funcionalismo do BB tentavam chamá-lo a assumir o comando do BB… Em vão. Postava-se como expectador, inerte, de má vontade, como a carregar um fardo.

Não é esse o perfil que se espera de um Presidente do Banco do Brasil. Novaes desde o momento em que cruzou as portas do BB tudo fez para diminuí-lo. Atitude impensável de alguém que deveria responder pelo controlador, o Governo. Ora, o controlador tem o dever de agregar valor à empresa, jamais desmoralizá-la, jamais diminuí-la.

Agora é a oportunidade do presidente da República colocar à frente de nosso maior e mais importante Banco, alguém que o compreenda, respeite e defenda. Há centenas de funcionários de carreira no banco com perfil para isso.

Felizmente, o BB que sobreviveu a todo tipo de campanha para seu desmonte e privatização, sobrevive a Rubem de Freitas Novaes. Aquele que foi sem nunca ter sido. E não renunciou, pois jamais lá esteve.

 

Isa Musa de Noronha

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